2024

a Folia

Coreografia Marco da Silva Ferreira

Música Luis Pestana

Musica original inspirée de la musique d'Arcangelo Corelli Violin Sonata in D minor "La Folia", Op. 5 N°12

Figurinos Aleksandar Protic

Desenho de Luz Teresa Antunes

Assistência coreográfica Catarina Miranda

Performers Bailarinos da companhia Ballet de Lorraine

Ensaiadora Valérie Ferrando

Produção CCN de Lorraine

Próximas datas

28 nov 2025
Equilibre, Fribourg (Switzerland)
28 jan 2026
La Faïencerie; Creil (France)
30 jan 2026
Centre Culturel Jacques Prévert - Villeparisis (France)
3 fev 2026
L’Avant-Scène_ Colombes (Frnace)
5 fev 2026, 6 fev 2026
La Piscine_ Châtenay Malabry (France)
18 fev 2026, 19 fev 2026
Carreau du Temple _ Paris (France)
5 mar 2026, 6 mar 2026, 7 mar 2026
Southbank_ London (UK)
21 mar 2026
Festspielhaus_ St Pölten (Austria)
26 mar 2026, 27 mar 2026
Mercat de les Flors_ Barcelone (Spain)
19 mai 2026, 20 mai 2026
Scène nationale Malraux_ Chambery (France)
23 mai 2026
Cankarjev Dom_ Ljubjana (Slovenia)
28 nov 2026
Le Carré_ Sainte Maxime (France)
25 mar 2027, 26 mar 2027
Scène nationale_ Saint Quentin en Yvelines (France)

Em a Folia, Marco da Silva Ferreira parte de um fenómeno social do séc.XV para explorar os conceitos de êxtase, euforia e rebelião coletiva como motores da construção cultural, política e artística.

A Folia, um pilar musical do Renascimento, tem origem num ajuntamento popular nascido em Portugal, onde pastores e pastoras dançavam de forma rápida e desordenada, carregando aos ombros homens vestidos de mulher. De origem rural, ligada aos rituais de fertilidade, às festas, à música e à dança, rapidamente passou a marcar também as festividades das cortes dos reinos, sobretudo no sul da Europa.

Folia nasceu, em português, da associação da palavra fole – o fole usado para atiçar o fogo, etimologicamente próximo de fôlego – o ato de inspirar ar, e de folga – o dia de descanso ou lazer.

O/a folião/foliona – a pessoa em celebração, afastada do trabalho, permite-se encher a cabeça e os pulmões de ar e comporta-se com uma aparente loucura. Esta rede histórica de direções, significados e metáforas reflete a relevância e até mesmo o impulso deste fenómeno no passado e, de forma provocadora, no presente.

A partir deste contexto histórico, o coreógrafo encena um encontro fictício entre a festa portuguesa e as danças contemporâneas.